NOVO EM PIRATE WIRES: Boa Noite, Late Night cbs cancela colbert, a monocultura (ou o que resta dela) está a morrer, e a mídia está a fragmentar-se em clareza e caos De @emilyjashinsky A CBS não está apenas a afastar Stephen Colbert, está a aposentar a icónica marca Late Show de uma vez por todas. Essa é a informação enterrada que se perde em meio a especulações frenéticas sobre política e intrigas palacianas. Se cortar Colbert é uma tentativa de impulsionar a fusão pendente da Paramount ou de puni-lo por criticá-la, como os democratas estão agora a argumentar, a CBS acabou de tropeçar no futuro. O tempo de Colbert à frente do The Late Show ilustra perfeitamente a tendência mais importante na mídia e na cultura. Pode-se perguntar como Colbert, um homem que se inclinou tanto para a comédia #Resistance que mal conseguia levantar-se, dominou as guerras da noite tardia durante a hostil tomada de poder de Donald Trump na política americana. Johnny Carson, por exemplo, ficou famoso por criticar ambos os partidos políticos sem medo ou favor. Carson venceu as guerras da noite tardia quando as redes enfrentavam menos concorrência, o que significava que seu objetivo era apelar ao maior número possível de americanos para vender mais anúncios. Quando Colbert assumiu o comando de David Letterman, as audiências da noite tardia já tinham colapsado de seu pico. Isso é parcialmente o motivo pelo qual Greg Gutfeld consegue realmente superar as audiências de Colbert em uma rede a cabo, um feito que teria sido impensável na década de 1990. Como Colbert, no entanto, Gutfeld não aborda a política como Carson fez. Este é o novo modelo: cultivar um nicho leal que retorna noite após noite, dando-lhe uma vantagem sobre outros que competem por pedaços cada vez menores do bolo. O resultado é a microcultura. Instituições monoculturais, como The Late Show ou o New York Times, já não conseguem e já não apelam mais amplamente do que seus públicos principais. Para o Times, isso é sua base de assinantes e é por isso que, por exemplo, o jornal cometeu uma evidente má prática jornalística ao retirar o infame artigo de opinião do Senador Tom Cotton, "Send in the Troops", em 2020. Como o "jornal de registro" de toda a América, essa decisão não fez sentido. Cotton estava a expressar uma posição mainstream em seu partido e no país. Mas os assinantes do Times estavam furiosos, e esse interesse comercial crítico mudou a posição editorial do outlet. (Isso, claro, foi ajudado por uma equipe cada vez mais alinhada em um nível ideológico com o nicho estreito de assinantes do jornal.) Uma das nossas maiores fontes de angústia cultural decorre da incapacidade de reconhecer que essas instituições da monocultura mudaram para a microcultura. Quer tenham apoiado Trump ou Bernie Sanders, muitos americanos fora das bolhas urbanas abastadas perceberam isso há anos. São as próprias instituições que muitas vezes se agarram a essas marcas ultrapassadas, tão cegas por seus próprios preconceitos que se tornou difícil para os executivos até reconhecerem o que está a acontecer fora de Manhattan — e os Hamptons não contam... ──────────────────── Esta é uma prévia do artigo. Leia o texto completo de Emily no nosso site (link em thread).
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